A Françoise M. estava em apuros para conseguir arrumar uma prateleira.
Havia três garrafas e algumas coisas inúteis, como um palhacinho de pano, uns crisântemos de plástico e a imagem da Nossa Senhora, também em plástico.
Nunca a Françoise teria tais objectos em casa, mas, naquele momento, a verdade é que também não teria paz enquanto os não arrumasse.
Haveria certamente uma forma de os compor, pensava a Françoise, uma forma de os combinar que deixasse de causar-lhe aquele doloroso desconforto.
Por causa deste problema, a pobre Françoise não conseguia concentrar-se em coisa nenhuma.
Finalmente, surgiu uma solução.
O problema não era exactamente o que parecia.
O problema não era exactamente o que parecia.
Afinal, o maior problema eram as garrafas.
Uma de absinto, outra de gin, outra de vodka.
A Françoise tirou dali as garrafas e sentiu um alívio extraordinário.