Quem nos dera que o amor
não doesse
mas apenas florisse, tão
suave
como diáfano de cor ou
frase
que em vítrea Primavera
jubilasse.
Alegria tão breve e que
demora -
onde estás?... Onde
estão esses planaltos
do prazer fluído e sem
sobressaltos
e do indizível que não
tem hora?
Tão estranho amor que
dói e acontece
e sem razão suaviza os caminhos.
Estepe de Verão. Tapete
que floresce.
Brandura dos vazios desaparecidos.
A suavidade e o velho
deserto
coexistem, absurdos e
floridos.