Estavam todos num grande auditório, atulhado à pinha, quando um homem decidiu atacar a Maria do Mar.
O homem atirou-se à Maria do Mar e estava disposto a violá-la, mas ela desatou a gritar e a dar pontapés com a sua máxima força, até que conseguiu imobilizar o homem e metê-lo dentro de um saco.
Ele só queria o seu corpo, não queria a sua alma.
Na verdade, parecia ter alguma espécie de atraso mental.
De repente, o homem tinha ficado tão pequeno, que ela o tinha enfiado no saco das sapatilhas.
O homem era do tamanho de uma sapatilha, mas estrebuchava e dava coices dentro do saco.
A Maria do Mar entregou o saco ao seu pai, para que ele o levasse à esquadra.
Apesar de nem por sombras pensar libertá-lo, fazia-lhe impressão o sofrimento do homem dentro do saco.
Apesar de nem por sombras pensar libertá-lo, fazia-lhe impressão o sofrimento do homem dentro do saco.
Havia, entre aquela grande multidão, muitos que achavam que a responsabilidade pelo comportamento do homem era da Maria do Mar.
Porque a Maria do Mar tinha comprado umas meias de vidro demasiado baratas, que estavam rotas.
Uma relação de causa efeito que ultrapassava de um modo absolutamente radical toda a sua capacidade de raciocínio e especulação.