Sonho LXXXIX
A Francisca M. encontrava uma outra vez o Professor Heinrich Hart.
Estava tão feliz por poder de novo
olhar para ele que não conseguia dizer nem fazer nada.
«Será que esta coisa nunca mais
passa?...» Pensava ela.
O Manuel de Oliveira tinha feito
um filme inteiro sobre esse homem e a Francisca estava muito aliviada por estar ali uma
pessoa que via exactamente o que ela via.
Até porque o Manuel de Oliveira era
um homem.
Era o alívio da compreensão
mútua.
No sonho havia uma
mulher que a Francisca via passar, com uns lindos cabelos negros e brilhantes
esvoaçando atrás de si, ondulando ao ritmo dos seus passos confiantes.
Essa é que devia ser a mulher dele,
pensava a Francisca.